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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CANTARES DO SEM NOME E DE PARTIDAS


Hilda Hilst, minha amada poetisa brasileira, escreveu em seu poema número 5 de CANTARES:


O Nunca Mais não é verdade.
Há ilusões e assomos, há repentes
De perpetuar a Duração.
O Nunca Mais é só meia-verdade:
Como se visses a ave entre a folhagem
E ao mesmo tempo não.
(E antevisses
Contentamento e morte na paisagem).

O Nunca Mais é de planície e fendas.
É de abismos e arroios.
É de perpetuidade no que pensas efêmero
E breve e pequenino
No que sentes Eterno.

Nem é corvo ou poema o Nunca Mais.



Postado por: Giovanni Oliveira

2 comentários:

  1. Olá pessoal, como ainda não fluiu em mim uma inspiração maior para escrever meus próprios poemas rsrs...vou iniciar minha participação aqui no blog com um poema que considero especial... é de Cecília Meireles, cujo nome é Motivo. Vamos lá...

    Eu canto porque o instante existe
    e a minha vida está completa.
    Não sou alegre nem sou triste:
    Sou poeta.

    Irmão das coisas fugidias,
    não sinto gozo nem tormento.
    Atravesso noites e dias
    no vento.

    Se desmorono ou se edifico,
    se permaneço ou me desfaço,
    -Não sei, não sei.
    Não sei se fico ou passo

    Sei que canto. E a canção é tudo.
    Tem sangue eterno a asa ritmada.
    E um dia sei que estarei mudo:
    -Mais nada.

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  2. Lindo poema vanessa, Cecília é Cecília

    bjos

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